Caesar Moura
O FUTURO NÃO É MAIS COMO ERA ANTIGAMENTE
Assistindo ao doc "The Phenomenon" (James Fox, 2020), badaladinho entre os aficcionados por ETs e vida alienígena, vendo as - pouquíssimas! - fotos que documentam disco-voadores reais, comprovadas pela Inteligência Americana, chego a conclusão de "o futuro não é mais como era antigamente"*
Assusta perceber em mim o tão comentado efeito que a super exposição à Imagem causa na grande maioria de nós: Altera/atualiza nossa visão de passado e futuro. Todas essas décadas assistindo do clássico "2011, uma Odisséia No Espaço" (Kubrick, 1969) à "O Ataque Das Formigas Gigantes" (1977) foram tantas as formas e cores de naves espaciais que simplesmente parece, hoje, difícil ver toda essa tão aclamada superioridade tecnológica num veículo que parece a tampa de uma chaleira. Qualquer nave da frota Imperial de Darth Vader no clássico "Star Wars" (George Lucas, 1979) dá de MIL a zero em qualquer das naves fotografadas.

Claro que qualquer um que entende de aerodinâmica vai gritar comigo:
"Mas as naves não possuem calda ou asas ou motor visível, e ainda podem voar para frente, para trás, para todos os lados em velocidades jamais vistas e impossíveis para um humano comandar!"
Ao que responderei:
"Calma! Vc está certo! Em termos técnicos o avanço tecnológico ainda impressiona, mas aqui discutimos filosofia: Pq não nos deslumbramos mais? O que mudou no nosso olhar?"
Então o assunto é como a superexposição à designes de naves criadas por humanos (Diretores de Arte de filmes por exemplo) muda o nosso olhar diante da realidade: As naves que parecem um prato de alumínio não só são tecnologicamente superiores a nossa tecnologia como, diferente das dos filmes: Essas são reais!!!!!!!! No entanto, surpreendentemente, os "discos-voadores" que hoje nos arregalam os olhos foram feitas por humanos como o cineasta Steven Spilberg, responsável pelos clássicos "Contatos Imediatos do Terceiro Grau"(1977) e "ET - O Extraterrestre"(1982). O que nos leva à pergunta existencial:
O excesso de exposição às milhões de imagens (retocadas por filtros, montadas para parecerem perfeitamente engraçadas, ternas ou sexy, violentas, etc) moldam na virtualidade a forma como enxergamos essas mesmas coisas na realidade?
A resposta está na própria razão do documentário existir: Existe vida inteligente alienígena. E o que fizemos com essa informação? A resposta para uma das perguntas mais antigas da Humanidade - Estamos sós no Universo? - foi respondida e ao que parece, poucos de nós estão escutando.
Como se não bastasse a Pandemia estar tirando vidas, liberdade, empregos, sanidade, também nos rouba a capacidade de espanto ou deslumbramento, é como o COVID-19 é para muitos entre nós hj: Se não for um evento Apocalíptico então não é "evento", nem realidade.
Talvez, quando naves gigantes aportarem nos pontos turísticos dos países (como em "Independence Day", 1996) ou a Marvel confirmar (Rs), possamos finalmente voltar a nos assombrar com a realidade.
*Da letra "Índios" (Renato Russo/Legião Urbana)
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