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Foto do escritorMoura Cesar

QUANDO A ESCALAÇÃO DE ELENCO ENTREGA O FINAL DO FILME

Por Caesar Moura

05.10.2024



Sou só eu que ainda estranha ver um filme de suspense e terror para adultos com o selo da Disney+? Foi o que senti antes de assistir o novo lançamento do Canal: “Prenda a Respiração” (“Hold Your Breath”, 2024).


Na nova produção que tem como cenário um mundo apocalíptico depois de um desastre ambiental onde uma mãe isolada no mais profundo deserto com suas 2 filhas luta contra a fome, contra a sede, contra a desesperança e contra as diárias tempestades de areia que cobrem tudo e todos. Para piorar, surge a ameaça de um invasor na pequena região. Sobrenatural e psicológico se misturam (não entendo porque chamam isso de “terror”, mas tudo bem) na expectativa de criar um ambiente que crie no espectador a dúvida sobre a origem do mal. Bem, isso fica difícil quando a atriz que faz a Mãe é Sarah Paulson


- CONTÉM SPOILER -

Depois de assistir a atriz em tantos papéis da figura materna disfuncional (como Lana Winters mãe e assassina do psicopata Bloody Face na segunda temporada de AHS ou como a enfermeira sociopata “Ratched" (Netflix, 2022) ou a mãe adotiva que mantém a filha sequestrada em cárcere privado em “Fuja" (Netflix, 2020), que desde a primeira aparição de Sarah como Margaret Bellum em “Prenda a Respiração” você é levado a pensar: "Ah, não. O que ela vai aprontar dessa vez?” E não sei se é todo espectador que gosta da sensação de saber quem é o assassino nos primeiros 20 minutos de filme….


Foto: Divulgação


Agora, dizer que a escalação de Paulson é o problema do filme seria bastante injusto: O filme é ok. E é isso.


A história segue sem muitas surpresas com Karrie Crouse (roteirista e diretora do filme) apoiando-se na performance cartática de Paulson - que está lá, mas fazendo o “mais do mesmo” o que na opinião já deu - até entendermos uns 40 minutos antes do final que “mamãe não tá legal” e ficarmos ali para ver como as crianças (Amiah Miller e Alona Jane Robbins, ambas, muito bem) escapam - ou não - da situação. That’s it. Poderia ser incrível, mas não é. O figurino preguiçoso de Colin Wilkes e os Efeitos Especiais sem graça de Werner Hahnlein não ajudam.


Prenda a Respiração” é ruim? Não. Eu veria de novo? Não.  Os produtores se importam com isso? Não. Mas e você?





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