QUANDO O DERIVADO SUPERA O ORIGINAL
Por Caesar Moura
20/09/2024
A julgar pelo primeiro episódio da minissérie “Pinguim”("The Penguin”, Max, 2024), spin off do sucesso “The Batman”(2022) - com o Bruce Wayne grunge do Robert Pattinson que não me desce na garganta - estamos diante de um raro caso onde o “derivado" supera o original.
Colin Farrell, o Pinguim do título, aparece em quase todas as cenas do episódio de estréia num raro protagonismo absoluto, e merecidíssimo: Colin está brilhante. Diferente de Burgess Meredith e Danny Devito (ambos conhecidos por suas versões live-action do vilão), Collin traz uma mistura de Tony Soprano com Dom Corleone e Patinho Feio (Isso mesmo! Rs) , resultando num Pinguim mais humano que qualquer interpretação dos seus talentosos antecessores, mais empática e mais brutal. Quando você está quase ficando com dó ele vai lá e nos lembra que ele também é um monstro.
Foto: Divulgação
No primeiro episódio, na Gotham corrupta e escura (Direção de Arte top de Scott Adam Davis, Adam Karavatakis e Deborah Weathley) pós acontecimentos do filme, Oz Cobb, o Pinguim, comete um erro irreversível que o compromete com a família mais mafiosa e poderosa da cidade, os Falcone. A situação é tão ruim que restam então apenas 2 únicas opções: Fugir para sempre ou arriscar sua própria vida na tentativa de tornar-se o novo chefão do pedaço. Nesse início de jornada, além de Colin, merecidos aplausos para os incríveis trabalhos de Christin Miliote como a sociopata Sofia Falcone e para estupenda Deirdre O’Connell (que vive a mãe - a la mãe de Norman Bates - de Oz Cobb, o Pinguim), única capaz de roubar a cena de Colin Farrell (e o time de maquiagem de Michael Marino, Martha Melendez e Amy Sue Nahhas) nessa estréia.
Série imperdível até para quem não assistiu ao “The Batman" ou qualquer coisa DC. Assiste na fé que você sabe que não te indico furada: "The Penguin" é entretenimento classe A.
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