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Foto do escritorMoura Cesar

UM "CAJU ESPRESSO", POR FAVOR!

Atualizado: 14 de set. de 2024

Por Caesar Moura

09/09/2024


Sabe o que Sabrina Carpenter e Liniker tem em comum além do fato de terem escolhido agosto para o lançamento de seus novos trabalhos? As duas, até agora, nos trazem os melhores álbum Pop do ano e você precisa ouvi-las.


Ela trouxe o Pop back


"Short N' Sweet" (2024), de Sabrina Carpenter prometeu e entregou um álbum a altura de uma das músicas do ano, o big hit "Espresso". "Please, please, please" preparou o terreno e em faixas como "Good Graces", "Coincidence" e "Bed Lem"  Sabrina, como Timberlake com seu "sexy back", traz de volta o bom e "velho" Pop que conhecemos bem, amamos tanto e já estávamos com saudade. Tudo orquestrado por nomes como John Ryan, Ian KirkPatrick e Jack Antonoff, não por coincidência, responsáveis por hits de Britney, Aguilera, Taylor Swift, Justin Bieber, Shakira, Dua Lipa, Backstreet Boys e One Direction, só para citar alguns exemplos.


Tá tudo lá: Vozes sussurrantes;  influências da estrutura das letras do Pop dos 1980 e as batidas do R&B dos 1990; produções que falam sobre como superar os boys e ainda assim ser sexy, e claro, letras espertas e divertidas ("My 'gives a fuck' are on vacation" ou "Meus foda-se estão de férias", tem que virar camisa!).


Saída da Disney - também como Britney, Aguilera e Miley Cyrus - "Short N' Sweet" é o  (Pasme!!) sexto álbum de estúdio de Sabrina e o primeiro a ser Número 1 na Billboard já por 2 semanas agora.


Como reza a mitologia do Pop mundial, quanto tempo teremos Sabrina por aqui não sabemos, mas lembre-se: No final do século XX um certo crítico musical jurou de pé junto que uma tal de Madonna - que acabara de lançar seu primeiro álbum - não duraria 8 meses. Bem, Madonna está aí há 40 anos. Particularmente eu torço para que Carpenter não passe rápido demais pelas estações com seu expresso e que possamos nos divertir por mais tempo com seu Pop raiz.


Foto: Divulgação


Caju é a cor mais quente


"No meu crossfit aprendi a malhar meu coração" (da faixa "Popstar") já anuncia que Liniker veio fazer uma visitinha aqui no Pop, mas não um Pop qualquer,  mas daqueles sofisticados, do "andar de cima".


Mix de Jorge Ben, Ella, Marisa, Gil, Rita Lee, Bethânia, Tim Maia, Djavan (muito bem representado em "Mayonga", uma das faixas mais gostosas de um álbum delicioso) que cito aqui para dar aos novos ouvintes interessados exemplos do quilate do trabalho que encontrarão, jamais para condicionar o talento de Liniker, a artista nascida em São Paulo parece querer um novo Grammy.


"Caju", faixa que dá nome ao 2⁰ álbum de Liniker é um escândalo; "Tudo" é um hino aos dias de sol que, dependendo do dia funciona mais que rivotril ou terapia; "Veludo Marrom" é daquelas para ouvir com mozão no fim de tarde depois da praia (Rs).  E claro que não seria um album Pop que se preze sem a participação do mestre Lulu Santos que dá sua benção na faixa que, como se não bastasse, traz também a Drag mais poderosa do planeta, Pabllo Vittar.


Se John Ryan e cia sabem muito bem o que o público pop quer na América, Iuri Rio Branco, Fejuca, Gustavo Ruiz e Felipe Pampuri elevam o nível do pop nacional  com sua diversidade de ritmos e estilos (que para uma audiência carrancuda ou envelhecida pode se confundir com "irregularidade" quando na verdade é uma experiência) alinhadas pela solaridade. Que álbum solar!


Considerações Finais


Desde o agravamento da Crise Ambiental em escala Mundial que o verão deixou de ser uma das minhas estações preferidas, mas se é para arder, que seja ao som de "Short N' Sweet" e "Caju".









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